Witchfinder General: Drama Histórico, Folk Horror ou Faroeste?
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Acabei de assistir o filme Witchfinder General (traduzido para o português como "O Caçador de Bruxas"),um filme de britânico de 1968 dirigido por Michael Reeves e estrelado por Vincent Price.
Embora o filme seja normalmente classificado como um filme de horror, até mesmo componente do segmento de "horror folclórico", podemos entender melhor este filme como um "faroeste inglês gótico" misturado com "drama histórico".
A estética de Witchfinder General reflete interessantes contrapontos de beleza e violência, algo muito explorado nos filmes de horror folclórico até hoje (basta ver Midsommar de Ari Aster).
A estétca do horror folclórico trabalha com o contraste barroco entre a beleza rural e a brutalidade criando a incômoda ideia recorrente do nosso imaginário de violação simbólica do Éden.
O filme está entre os filmes mais violentos da história e suas cenas até hoje impressionam.
Para a British Board of Film Censors, trata-se de "um estudo de sadismo no qual cada detalhe de crueldade e sofrimento é tratado com amor".
O filme é um relato fortemente ficcionalizado das façanhas de Matthew Hopkins (interpretado maravilhosamente por Vincent Price), um advogado que falsamente alegou ter sido nomeado "Witchfinder General" (caçador de bruxas geral) pelo Parlamento durante a Guerra Civil Inglesa para erradicar a feitiçaria e bruxaria no país.
Trata-se de um sujeito que realmente existiu.
Ele ainda apresenta temas que me são muito caros, como a perseguição aos católicos nos condados de Norfolk, Suffolk e Cambridgeshire - que eram julgados e condenados como bruxos pela comunidade puritana.
Enfim, Witchfinder General é um dos melhores filmes britânicos de todos os tempos.
97 episodi