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Empreendedora brasileira é a única mestre cavista estrangeira no setor de vinhos da França

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Marina Giuberti, 45 anos, é uma capixaba de origem italiana que há cerca de duas décadas vem moldando sua reputação no ramo dos vinhos na França. Ela formou-se nutricionista no Rio de Janeiro na virada dos anos 2000 e chegou à Europa em 2005, onde pôde seguir suas paixões profissionais e pessoais.

Luiza Ramos, da RFI

Depois de passar por várias cidades, restaurantes e formações, em 2013 Marina fundou sua primeira loja, a cave Divvino Paris, quase ao mesmo tempo em que dava à luz seu casal de filhos gêmeos. Simultaneamente, Marina foi se tornando uma especialista de referência em vinhos e formou uma bela família trilíngue. "Em casa, os meus filhos (hoje com 11 anos) falam italiano com pai, português comigo e francês para as demais situações. Se falam em francês comigo, eu mando voltar e repetir em português. Já o pai diz 'non capisco'. Minha casa, minhas regras", brinca ela, que também é tutora da cachorrinha Petite.

Determinada em se estabelecer no mercado francês de vinhos, ela abriu sua segunda loja em 2016. O site especializado em entrega bebidas por toda a Europa surgiu durante a pandemia da Covid-19. Recentemente, Marina alcançou o mérito de ser a primeira e única mestre cavista (maître caviste) estrangeira da França, tendo sido apenas a terceira mulher a conquistar o Brevet Professionnel de l’Etat de Sommelerie (Certificado de Sommelier Profissional do Estado Francês). Tais títulos fazem atualmente da capixaba uma referência em vinhos raros e artesanais.

Apesar da atual carreira de sucesso, ela enfrentou preconceito da família no início ao demonstrar seus objetivos. "Eu sempre quis trabalhar com restaurantes, mas meu pai era médico. Então para a minha família enxergar essa mudança do ramo de saúde para o ramo de restaurante, tinha um pouco de preconceito. Essa é a palavra certa. Então acabou que entrei para a gastronomia pela nutrição", conta a empreendedora, que exala paixão pelo que faz em seu discurso.

"Até hoje eu uso a nutrição. Para mim, o vinho alimenta a alma. Nós precisamos ter nossos momentos sociais para equilibrar nossa vida corrida. Eu sou muito grata de trabalhar alegrando os casamentos, os finais de semana, os jantares, os eventos dos nossos clientes", diz Marina Giuberti.

Na França, vinho não é luxo

No eixo Rio-São Paulo, as caves são mais conhecidas como enotecas e a profissão de sommelier começa a ser aos poucos mais prestigiada. Enquanto na França, o vinho é considerado item básico nas mesas das famílias. Para Marina, a circunstância facilita a entrada no mercado dos vinhos do país.

"Como aqui o vinho é um produto essencial, na época da pandemia, por exemplo, nós, junto com farmácias, padarias e supermercados, ficamos abertos como comércio essencial. Na França, o vinho é taxado como produto agrícola, então tem uma diferença grande nessa relação em comparação com o Brasil. E é um produto local, normal, não é um produto de luxo", destaca ela, que acrescenta sua atuação com cerca de 1.200 referências de bebidas, incluindo pequenos produtores e vinhos biodinâmicos.

Além da venda direta aos clientes, a capixaba oferece também cursos de vinhos e viagens de imersão gastronômica, enológica e cultural, as chamadas Wine-Champagne Day. A sommelier foca no público brasileiro que ama vinhos e organiza os passeios de forma personalizada. Em um dia de imersão é possível conhecer mais de 15 rótulos raros em vinícolas que não costumam abrir as portas para turistas comuns, como a familiar Pierre Paillard, em Bouzy, e a Domaine Jacques Selosse, em Avize, ambas na região de Champanhe.

"Na França, a gente usa uma frase que diz 'choisir c’est renoncer' (escolher é renunciar). Fazer essas wine-trips demanda muito trabalho, muito comprometimento, conseguir essas reservas com os produtores é uma tarefa árdua", revela.

Destaque no tradicional mercado francês

Marina Giuberti esclarece que ser brasileira e manter seu sotaque não a prejudicam, mas sim acabam por diferenciá-la entre as mais de 6 mil caves do país. Seu perfil atípico instiga a curiosidade do seu público, que passa a respeitá-la ainda mais pelo fato de não ser francesa e mesmo assim obter destaque no setor.

Profissionalmente, a empreendedora enfatiza o respeito é mútuo entre ela e seus colegas, sendo Marina a única estrangeira com tal nível de especialização na área. Mas além do trabalho, a mestre cavista aparenta ter cativado também o coração da clientela com seu carisma cotidiano nas consultorias de compra de vinhos.

"(Conquistei) através também do reconhecimento de clientes brasileiros, dos produtores franceses e todos os clientes de bairro franceses, já que o francês compra vinho três a quatro vezes por semana. O cliente francês não vem uma vez no mês, é um produto diário. É a baguete, o queijo e o vinho", pontua Marina.

As caves Divvino de Marina Giuberti ficam no 3° e 11° distritos (3ème e 11ème arrondissements) da capital francesa.

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Luiza Ramos, da RFI

Depois de passar por várias cidades, restaurantes e formações, em 2013 Marina fundou sua primeira loja, a cave Divvino Paris, quase ao mesmo tempo em que dava à luz seu casal de filhos gêmeos. Simultaneamente, Marina foi se tornando uma especialista de referência em vinhos e formou uma bela família trilíngue. "Em casa, os meus filhos (hoje com 11 anos) falam italiano com pai, português comigo e francês para as demais situações. Se falam em francês comigo, eu mando voltar e repetir em português. Já o pai diz 'non capisco'. Minha casa, minhas regras", brinca ela, que também é tutora da cachorrinha Petite.

Determinada em se estabelecer no mercado francês de vinhos, ela abriu sua segunda loja em 2016. O site especializado em entrega bebidas por toda a Europa surgiu durante a pandemia da Covid-19. Recentemente, Marina alcançou o mérito de ser a primeira e única mestre cavista (maître caviste) estrangeira da França, tendo sido apenas a terceira mulher a conquistar o Brevet Professionnel de l’Etat de Sommelerie (Certificado de Sommelier Profissional do Estado Francês). Tais títulos fazem atualmente da capixaba uma referência em vinhos raros e artesanais.

Apesar da atual carreira de sucesso, ela enfrentou preconceito da família no início ao demonstrar seus objetivos. "Eu sempre quis trabalhar com restaurantes, mas meu pai era médico. Então para a minha família enxergar essa mudança do ramo de saúde para o ramo de restaurante, tinha um pouco de preconceito. Essa é a palavra certa. Então acabou que entrei para a gastronomia pela nutrição", conta a empreendedora, que exala paixão pelo que faz em seu discurso.

"Até hoje eu uso a nutrição. Para mim, o vinho alimenta a alma. Nós precisamos ter nossos momentos sociais para equilibrar nossa vida corrida. Eu sou muito grata de trabalhar alegrando os casamentos, os finais de semana, os jantares, os eventos dos nossos clientes", diz Marina Giuberti.

Na França, vinho não é luxo

No eixo Rio-São Paulo, as caves são mais conhecidas como enotecas e a profissão de sommelier começa a ser aos poucos mais prestigiada. Enquanto na França, o vinho é considerado item básico nas mesas das famílias. Para Marina, a circunstância facilita a entrada no mercado dos vinhos do país.

"Como aqui o vinho é um produto essencial, na época da pandemia, por exemplo, nós, junto com farmácias, padarias e supermercados, ficamos abertos como comércio essencial. Na França, o vinho é taxado como produto agrícola, então tem uma diferença grande nessa relação em comparação com o Brasil. E é um produto local, normal, não é um produto de luxo", destaca ela, que acrescenta sua atuação com cerca de 1.200 referências de bebidas, incluindo pequenos produtores e vinhos biodinâmicos.

Além da venda direta aos clientes, a capixaba oferece também cursos de vinhos e viagens de imersão gastronômica, enológica e cultural, as chamadas Wine-Champagne Day. A sommelier foca no público brasileiro que ama vinhos e organiza os passeios de forma personalizada. Em um dia de imersão é possível conhecer mais de 15 rótulos raros em vinícolas que não costumam abrir as portas para turistas comuns, como a familiar Pierre Paillard, em Bouzy, e a Domaine Jacques Selosse, em Avize, ambas na região de Champanhe.

"Na França, a gente usa uma frase que diz 'choisir c’est renoncer' (escolher é renunciar). Fazer essas wine-trips demanda muito trabalho, muito comprometimento, conseguir essas reservas com os produtores é uma tarefa árdua", revela.

Destaque no tradicional mercado francês

Marina Giuberti esclarece que ser brasileira e manter seu sotaque não a prejudicam, mas sim acabam por diferenciá-la entre as mais de 6 mil caves do país. Seu perfil atípico instiga a curiosidade do seu público, que passa a respeitá-la ainda mais pelo fato de não ser francesa e mesmo assim obter destaque no setor.

Profissionalmente, a empreendedora enfatiza o respeito é mútuo entre ela e seus colegas, sendo Marina a única estrangeira com tal nível de especialização na área. Mas além do trabalho, a mestre cavista aparenta ter cativado também o coração da clientela com seu carisma cotidiano nas consultorias de compra de vinhos.

"(Conquistei) através também do reconhecimento de clientes brasileiros, dos produtores franceses e todos os clientes de bairro franceses, já que o francês compra vinho três a quatro vezes por semana. O cliente francês não vem uma vez no mês, é um produto diário. É a baguete, o queijo e o vinho", pontua Marina.

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