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#299 Maria Homem e o que é ser mãe (ou não querer ser) na modernidade

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Maria Homem é mãe de um menino que atualmente está com 14 anos. Mesmo após a maternidade, a psicanalista continuou atuando como pesquisadora, professora, escritora e palestrante. De acordo com ela, a mulher do século 21 vive entre o desejo de liberdade de suas próprias escolhas e a expectativa de uma sociedade que ainda vê seu corpo como feito essencialmente para criar um outro ser.

“Então a gente tem ou Eva pecadora, fonte da tentação, ou todas as santas, as mártires, Madre Teresa, aquelas que vão ser o protótipo da abnegação, do sofrimento, da alta dedicação aos filhos, à família, ao seu homem. É toda uma narrativa de sacrifício. Se ela, por acaso, não obedece a esse paradigma, ela é então culpada de ter prazer, culpada de gozar, de usufruir”, analisa.

A psicanalista refuta uma ideia oriunda da cultura machista e de crenças da sociedade de que a mulher deve deixar sua feminilidade e projetos de lado, ao se tornar mãe.

“Eu quero poder pensar, falar, cantar, andar, fazer sexo, passear, ler, escrever, pintar e bordar. Então eu não posso viver com o ser grudado no meu peito e no meu colo - nem um, nem dois, nem três - o tempo inteiro. Por mais que a mim, pessoalmente, me dê muito prazer também a relação com os outros, mas também dizer, ‘ó, agora está bom’. Isso é um conflito diário, isso é uma batalha contínua”.

Direito de escolha

Maria Homem também avalia os avanços na sociedade atual. Apesar de ainda haver uma forte resistência à ideia da liberdade das mulheres sobre seus próprios corpos, ela aponta que hoje já há mais naturalidade para lidar com questões que podem envolver a frustração de ser mãe ou de movimentos daquelas que não desejam ser mães.

“Eu não tenho dúvida de que essa é uma das grandes quebras muito recentes que a gente está vivendo. Isso é uma virada, sobretudo século 20/21, a ousadia de você dizer, por exemplo, ‘não estou feliz, isso é um saco, isso é fonte de angústia, tive depressão pós-parto’. É um tabu dizer isso, mas acho que já foi mais do que hoje. Tanto que a gente tem um movimento que tem nomes interessantes, né? Childless, Child free, ‘livres de criança’ ou ‘sem criança’”.

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“Então a gente tem ou Eva pecadora, fonte da tentação, ou todas as santas, as mártires, Madre Teresa, aquelas que vão ser o protótipo da abnegação, do sofrimento, da alta dedicação aos filhos, à família, ao seu homem. É toda uma narrativa de sacrifício. Se ela, por acaso, não obedece a esse paradigma, ela é então culpada de ter prazer, culpada de gozar, de usufruir”, analisa.

A psicanalista refuta uma ideia oriunda da cultura machista e de crenças da sociedade de que a mulher deve deixar sua feminilidade e projetos de lado, ao se tornar mãe.

“Eu quero poder pensar, falar, cantar, andar, fazer sexo, passear, ler, escrever, pintar e bordar. Então eu não posso viver com o ser grudado no meu peito e no meu colo - nem um, nem dois, nem três - o tempo inteiro. Por mais que a mim, pessoalmente, me dê muito prazer também a relação com os outros, mas também dizer, ‘ó, agora está bom’. Isso é um conflito diário, isso é uma batalha contínua”.

Direito de escolha

Maria Homem também avalia os avanços na sociedade atual. Apesar de ainda haver uma forte resistência à ideia da liberdade das mulheres sobre seus próprios corpos, ela aponta que hoje já há mais naturalidade para lidar com questões que podem envolver a frustração de ser mãe ou de movimentos daquelas que não desejam ser mães.

“Eu não tenho dúvida de que essa é uma das grandes quebras muito recentes que a gente está vivendo. Isso é uma virada, sobretudo século 20/21, a ousadia de você dizer, por exemplo, ‘não estou feliz, isso é um saco, isso é fonte de angústia, tive depressão pós-parto’. É um tabu dizer isso, mas acho que já foi mais do que hoje. Tanto que a gente tem um movimento que tem nomes interessantes, né? Childless, Child free, ‘livres de criança’ ou ‘sem criança’”.

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