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#101 Amazônia ameaçada

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O coração da floresta amazônica está em perigo devido ao crescente número de incêndios e ao desmatamento acelerado. A floresta está sofrendo uma transformação preocupante e irreversível, segundo estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com uma universidade dos Países Baixos. Áreas verdes estão, aos poucos, se tornando savanas, que são terrenos de área branca e pouca vegetação, como ilhas em meio à imensidão da floresta. Imagens de satélite coletadas ao longo de 40 anos mostram claramente a rápida ampliação do desmatamento da Amazônia. O processo é chamado pelos autores do estudo de “savanização” da Amazônia. Ao contrário da preocupação com o entorno da região amazônica, onde a fronteira agrícola avança e promove o desmatamento, as savanas aparecem no interior da floresta. A floresta amazônica é formada por diferentes ecossistemas. Entre eles, estão as savanas, que, vistas do alto, parecem clareiras no meio da floresta. Por serem mais antigas, são diferentes do Cerrado brasileiro e menos ricas em biodiversidade. Essas áreas, também conhecidas como campinas, ocupam cerca de 11% da floresta e têm avançado nos últimos anos. O crescimento se dá porque as sementes desse tipo de vegetação se adaptam muito melhor a solos queimados do que a vegetação do restante da floresta. Com o aumento das queimadas, se criam espaços promissores para o avanço das savanas e suas manchas de areia branca. Os cientistas destacam que as áreas que correm maior risco de se tornarem savanas são as de floresta inundável. Também conhecidas como florestas de igapó ou de igaparé, essas áreas são menos resistentes que áreas de terra firme. Queimam mais facilmente e, uma vez queimadas, a presença de água contribui para degradar ainda mais o solo. No médio Rio Negro, perto do município de Barcelos, a 400 quilômetros de Manaus, esse processo é claramente visível. A causa, apontam os pesquisadores da Universidade Fewderal de Santa Catarina, é o aumento do número de incêndios na região. Para o estudo, os pesquisadores usaram imagens de satélite coletadas ao longo de 40 anos. Eles alertam para o aumento acelerado de incêndios e, principalmente, para as alterações que esses incêndios têm causado na vegetação. A principal consequência do avanço das savanas na floresta amazônica é o clima mais seco e incêndios mais frequentes. Isso significa um aumento na emissão de gás carbono e uma perda na disponibilidade de recursos para as populações ribeirinhas. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou uma cúpula para discutir a mudança climática com a participação dos principais países do planeta. A importância do Brasil ficou muito evidente na reunião. O que não ficou claro é se o nosso país conseguirá fazer a lição de casa que é cobrada pela comunidade internacional. Como mostra a pesquisa, é urgente garantir a preservação das áreas remotas da floresta e implementar medidas de contenção e prevenção aos incêndios, se quisermos manter a diversidade amazônica em benefício do desenvolvimento sustentável.

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O coração da floresta amazônica está em perigo devido ao crescente número de incêndios e ao desmatamento acelerado. A floresta está sofrendo uma transformação preocupante e irreversível, segundo estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com uma universidade dos Países Baixos. Áreas verdes estão, aos poucos, se tornando savanas, que são terrenos de área branca e pouca vegetação, como ilhas em meio à imensidão da floresta. Imagens de satélite coletadas ao longo de 40 anos mostram claramente a rápida ampliação do desmatamento da Amazônia. O processo é chamado pelos autores do estudo de “savanização” da Amazônia. Ao contrário da preocupação com o entorno da região amazônica, onde a fronteira agrícola avança e promove o desmatamento, as savanas aparecem no interior da floresta. A floresta amazônica é formada por diferentes ecossistemas. Entre eles, estão as savanas, que, vistas do alto, parecem clareiras no meio da floresta. Por serem mais antigas, são diferentes do Cerrado brasileiro e menos ricas em biodiversidade. Essas áreas, também conhecidas como campinas, ocupam cerca de 11% da floresta e têm avançado nos últimos anos. O crescimento se dá porque as sementes desse tipo de vegetação se adaptam muito melhor a solos queimados do que a vegetação do restante da floresta. Com o aumento das queimadas, se criam espaços promissores para o avanço das savanas e suas manchas de areia branca. Os cientistas destacam que as áreas que correm maior risco de se tornarem savanas são as de floresta inundável. Também conhecidas como florestas de igapó ou de igaparé, essas áreas são menos resistentes que áreas de terra firme. Queimam mais facilmente e, uma vez queimadas, a presença de água contribui para degradar ainda mais o solo. No médio Rio Negro, perto do município de Barcelos, a 400 quilômetros de Manaus, esse processo é claramente visível. A causa, apontam os pesquisadores da Universidade Fewderal de Santa Catarina, é o aumento do número de incêndios na região. Para o estudo, os pesquisadores usaram imagens de satélite coletadas ao longo de 40 anos. Eles alertam para o aumento acelerado de incêndios e, principalmente, para as alterações que esses incêndios têm causado na vegetação. A principal consequência do avanço das savanas na floresta amazônica é o clima mais seco e incêndios mais frequentes. Isso significa um aumento na emissão de gás carbono e uma perda na disponibilidade de recursos para as populações ribeirinhas. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou uma cúpula para discutir a mudança climática com a participação dos principais países do planeta. A importância do Brasil ficou muito evidente na reunião. O que não ficou claro é se o nosso país conseguirá fazer a lição de casa que é cobrada pela comunidade internacional. Como mostra a pesquisa, é urgente garantir a preservação das áreas remotas da floresta e implementar medidas de contenção e prevenção aos incêndios, se quisermos manter a diversidade amazônica em benefício do desenvolvimento sustentável.

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